domingo, 27 de setembro de 2009

Crie uma sacola de plástico ecologicamente correta - salve o planeta


Parece algo simples: crie uma sacola de plástico biodegradável e ajude a salvar o planeta. O problema é que isso não é tão simples como parece. Grandes companhias dependem do plástico para manter seus produtos seguros durante o transporte, manter a comida fresca e criar uma série de outros produtos duráveis. Não é fácil nos livrarmos dessa dependência do plástico baseado em petróleo que existe desde o início do século 20.
Apesar de toda essa popularidade e dependência, muitos produtores de plástico têm se esforçado para criar um produto durável e também sustentável. A empresa que lidera esse desafio é a Natureworks, localizada em Minnesota, EUA. A Natureworks está produzindo plástico a partir de um biopolímero chamado de ácido polilático que é derivado do milho. Esse plástico, baseado no milho, é chamado de Ingeo (o amido de milho quebra muito mais fácil do que o plástico feito a partir do petróleo). O seu processo de degradação é tão bom ao ponto de que esse plástico pode ser usado em compostagens juntamente com folhas e outros materiais orgânicos.

Durante a produção o amido é retirado da farinha de milho resultando em uma dextrose. Dextrose é um tipo de glicose que nada mais é do que simplesmente o açúcar que as plantas produzem durante a fotossíntese. Com o ingrediente ativo do amido de milho isolado, a dextrose é submetida a um processo de fermentação semelhante ao usado para fazer cerveja. No lugar do álcool, no entanto, a dextrose é convertida em ácido lático – o mesmo que faz com que você sinta câimbras em seus músculos quando se exercita demasiadamente sem a devida hidratação. Aplica-se então calor aos polímeros de ácido lático, unindo-os e fazendo com que formem uma grande cadeia que, finalmente, torna-se o material usado para fazer muitos produtos de plástico de milho (em inglês)!
A grande diferença entre o plástico de milho e o plástico derivado do petróleo é que o de milho pode ser usado em uma compostagem. Os fungos e bactérias presentes no solo quebram os polímeros e, sob condições adequadas de oxigênio, calor e umidade, ele é decomposto como qualquer outro material orgânico. Os microorganismos encontrados no composto consomem o plástico de milho e transformam o mesmo em húmus – substância que serve como um fertilizante natural. Os resíduos desse processo são dióxido de carbono e água.

Alguns tipos de plástico de milho são mais fáceis de serem quebrados do que outros. Quando a fabricante de chips de milho, SunChips, assinou um contrato para a produção de todas as sacolas com biopolímeros Ingeo, ela testou a compostabilidade dos sacos que irá colocar no mercado em 2010. Eles descobriram que, em condições ideais como as encontradas em pilhas de compostagens comerciais ou municipais, as sacolas produzidas por eles quebram e viram húmus com facilidade. Melhor ainda foi o teste que fizeram em uma compostagem doméstica. Mantendo o ar, a umidade e o calor constante, o processo de decomposição do plástico dura em torno de 12 a 16 semanas [fonte: Sun Chip]

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