Por Fernanda Wendel
A vez das mulheres
Dizer que o namorado se esqueceu ou não quis usar camisinha não são desculpas para deixar de se proteger. Com a camisinha feminina as meninas podem tomar a iniciativa, sem depender do humor do seu parceiro, evitando riscos de gravidez indesejada, DSTs e principalmente Aids.
Lançado no Brasil em dezembro 1997, o Reality é fabricado na Inglaterra. Diferente da camisinha masculina, a versão feminina pode ser colocada até 8 horas antes da relação sexual e não precisa ser retirada imediatamente depois que o homem ejacula. Isso acaba com o famoso "corta-clima" na hora da colocação.
Outra diferença é o material. Em vez do tradicional látex (borracha), a camisinha feminina é feita de poliuretano, um tipo de plástico 40% mais resistente. O poliuretano é hipoalergênico (causa pouca alergia), sendo a salvação das meninas (cerca de 1%) que têm alergia à borracha. O plástico também é mais fino. O material não tem odor, acabando com o cheiro característico que exala da camisinha tradicional.
Mas o Reality também tem seus inconvenientes. Além de ser mais caro, algumas pessoas não se empolgam muito com seu aspecto. A camisinha é um tubo relativamente grande, com 17 centímetros de comprimento por 8 de diâmetro, e cerca de 3 centímetros dela devem ficar do lado de fora da vagina, cobrindo sua parte exterior. Há um anel que se acomoda no fundo da vagina e "prende" a camisinha dentro da mulher. No lado de fora há outro anel, maior e mais flexível. Ele serve para cobrir os lábios vaginais. A vantagem é que ela protege uma área maior do que a masculina. Isso ajuda a prevenir melhor a transmissão de doenças como HPV e herpes.
Como colocar
É preciso aprender a colocar a camisinha feminina. Pode ser um pouco complicado no começo, mas é questão de prática. Por isso, é recomendado que a mulher experimente o preservativo antes da relação sexual. Siga as instruções e observe o desenho que vem na caixa.
Colocar a camisinha também pode dar uma apimentada no sexo. Incluir o "ritual" nas preliminares pode ser uma brincadeira bastante prazerosa. As meninas podem usar o Reality quando estiverem menstruadas. A única restrição é não colocar a camisinha muito tempo antes de transar.
Alguns homens acham a camisinha feminina mais confortável. Como o seu diâmetro é bem maior, ela não aperta o pênis. Apesar de vir num só tamanho, ela se ajusta na vagina de qualquer mulher.
Obstáculos no percurso
Enquanto a garota não se acostumar com a novidade, usar a camisinha feminina pode ser um pouco complicado. Além de ser mais difícil colocá-la, algumas coisinhas durante a transa podem atrapalhar a curtição. Primeiro, é preciso ter certeza que o pênis está entrando na camisinha, e não escapando pelo lado de fora da camisinha. Uma dica é que o casal "conduza" o pênis pela camisinha (aquela famosa "mãozinha").
Outra inconveniência é um barulho desagradável. Ele só acontece quando não há lubrificação suficiente. Isso é fácil de ser resolvido. É só passar mais lubrificante no pênis ou na camisinha e continuar a relação.
O Reality é descartável, só serve para uma transa. Uma notícia boa, principalmente para as meninas, é que a transa não precisa acabar quando o parceiro ejacula. Depois do orgasmo ele pode continuar, sem ter que tirar o preservativo. O único cuidado é que a menina permaneça deitada para que o sêmen não escorra. Na hora que tudo estiver encerrado, a camisinha deve ser torcida e retirada com a garota ainda deitada. Simples, não?
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