quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Florianópolis teve três agressões graves contra professores só neste ano


Alguns educadores sequer registram queixa por medo das ameaças



A professora da rede estadual que foi agredida por uma mãe de aluno há cerca de 15 dias voltou ao trabalho nesta semana. O caso ocorreu no Instituto Estadual de Educação, no Centro de Florianópolis e não foi o único. Pelo menos outras três agressões graves contra professores foram registradas em 2008 e 2009 na capital catarinense.

No ano passado, o diretor do colégio Celso Ramos, também no Centro da cidade, foi agredido por um aluno. Na escola Presidente Roosevelt, em Coqueiros, uma professora foi agredida por uma mãe de aluno este ano.

Há três meses uma das professoras da escola Daysi Werner Salles, em Capoeiras, foi ameaçada de morte por denunciar um aluno que teria abusado sexualmente de estudantes dentro da escola. Por fim, o caso mais recente: mãe de aluna dá tapas e pontapés numa professora do IEE.

A orientação do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Estadual de Ensino é para que se faça sempre um Boletim de Ocorrência, incklusive em situação de simples ameaça. Ainda assim, nem sempre os professores conseguem vencer o medo.

Um educador que não quis se identificar conta que sofreu amaeças de um aluno:

— Ele não queria sair da sala, queira ficar na sala incomodando. Falou que ia voltar aqui amanhã, que ia me matar, que ia trazer o tio dele para me matar e que para ele é facil arrumar uma arma na localidade onde mora.

O professor registrou a ocorrência na delegacia, mas retirou a queixa por medo de ser assassinado. Ele conta que tem esposa e filha e por isso resolveu voltar atrás.

Situação comum

De acordo com o sindicato a situação é comum. Na maioria das vezes o professor é ameaçado por alunos que tem ligação com tráfico de drogas nas proximidades das escolas. O medo é rotina nas escolas estaduais.

— Essas ameaças são diárias. O que leva, inclusive, muitos professores a estarem com doenças como depressão, diz a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), Joaninha de Oliveira.

O sindicato não tem o número total de ocorrências de agressões contra professores por parte de mães e alunos em 2009. Com os poucos dados divulgados, é possível ter uma noção de como é dar aula hoje na rede pública de Florianópolis.

— A gente nunca sabe o dia de amanhã, o que vai acontecer. Os professores têm muito medo de trabalhar na nossa unidade escolar, relata o professor.

A Secretaria de Educação afirmou que realiza trabalhos de prevenção e coscientização junto a alunos, pais e professores nas escolas. Em situações mais graves pode ser solicitado o apoio da polícia através de rondas diárias.

Assista à matéria da RBS TV

DC

2 comentários:

  1. Trabalhos de prevenção e conscientização, que conversa é essa? Gostaria de ver isso em alguma escola, com certeza deve ter alguem em alguma sala na secretaria de educação escrevendo memorandos sobre isso.

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  2. REEEEEEEEEEEEEEEEEEETARDADOS , EU METIA UMA RETA NA CARA (Y~ NENEM _l_

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